quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Olhar 2015, preparar 2016

Final de ano, tempo de equilibrar os planos que fizemos para 2015 com o que conseguimos efetivamente concretizar.
2015 fica marcado pela minha entrada nos 40 e uma das resoluções que tomei há um ano atrás, entre a contagem decrescente para a meia noite feita pelo vocalista de uma banda qualquer que animava o local onde me encontrava e as passas, foi que queria entrar nessa idade no meu melhor. Se calhar eu não expliquei à vida que o meu desejo nessa altura estava centrado numa mudança meramente física e a vida não percebeu. Mas ainda bem, pois ao longo do ano ganhei a consciência do quanto o tempo que ela nos dá é uma viagem de TGV. De repente, 40. Mais de metade já passou. Aprendi a aceitar a minha condição e a aceitar-me. A ser grata simplesmente porque posso fazer tudo o que a minha rotina me exige de forma autónoma, porque tenho saúde. Grata pelos filhos maravilhosos, pelas pessoas que me cercam, me abraçam, me mimam. Grata por ter um trabalho.Grata por tanto e por perceber que, afinal, é tão pouco o que me falta. Entrei assim, de facto, no meu melhor nos 40, é verdade. Mais serena, mais feliz, mais autoconfiante,mais consciente do que realmente importa. Ficou por tratar o que está por fora, a casca que me envolve. Mas os 40 vão cá estar até meio do ano e depois virão os 41, espero.Tenho tempo. E pouco a pedir à vida em 2016, para além de que me deixe manter o que tenho e me deixe viver, que eu gosto tanto! O mais que me faz falta se vier é bónus.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Outra vez o amor

Maria, mas tu estás apaixonada, mulher?
Gostaria muito de estar que essa coisa de estar apaixonada faz bem a tudo, até à dieta, mas não. Eu sei que isto anda assim um bocado para o sentimental, que me ando a tornar repetitiva e coiso,  mas têm que me dar um desconto que a época apela a reflexões mais profundas e, além disso, eu sou uma mulher carangueja. Mulher mais sentimentalóide e interessada nos sentimentos, não há!
Então ajudem lá uma pobre coitada que anda toda baralhada com estas coisas do amor.
Como é que se descobre que o homem é the one? Há mesmo borboletas? Ouvem-se sininhos?  Sentimos que é aquele e pronto? Ou a coisa pode ser assim mais murchinha,  sem fogo de artifício, mas com alguém que está lá em todos os momentos, que vai até à China para nos ajudar, que nos conhece como ninguém e com quem construímos um cumplicidade tal que já lhe adivinhamos os pensamentos?
Quando o tal chega também podemos ter dúvidas ou só há espaço para certezas? Se nos apetece estar com a pessoa, dar-lhe beijos e abraços, mas não nos imaginamos a viver com ela, significa que preservamos o nosso espaço ou apenas que estamos carentes e ainda não é a pessoa certa? Isso do Mr. Right existe mesmo ou é um mito?

Contem-me tudo que eu, deste assunto, já cheguei à conclusão que não percebo patavina!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A roupa favorita dos meus filhos é...



Um pijama. Que me faz perceber o cansaço deles. Cansaço das rotinas, do acordar cedo e com pressa, sempre com pressa. Perceber que até os fins de semana são um corropio de "despachem-se que vamos almoçar à avó" "despachem-se que não tarda o pai chega para vos buscar", "despachem-se que estamos atrasados para a missa", "despachem-se que temos qualquer coisa para fazer, qualquer sítio para onde ir". Percebo-lhes também a fadiga dos últimos dias. A consoada comigo e com os meus pais, o dia de Natal com o pai e os outros avós, o sábado com o pai, o regresso a casa ao final do dia e a saída no domingo de manhã para almoçar novamente com o pai... Despachem-se. Todos os dias. Sem interrupções.

-Mãe, hoje podemos ficar todos o dia em casa de pijama?

Respondo que sim.

-  Meus amores, não temos pressa.


domingo, 27 de dezembro de 2015

Sobre o amor

Habituas-te a estar contigo e desacreditas, pelo teu exemplo e pelo daqueles que te rodeiam. Perdes a capacidade de imaginar um compromisso, uma vida partilhada. Refugias-te na tranquilidade do teu mundo, aquele que dominas e conheces, e onde estás protegida e tranquila. Cimentas tijolos no teu muro, afastas quem se aproxima, mandas procurar a felicidade noutro lugar...

Talvez tenhas perdido simplesmente a capacidade de te entregar, de amar. Ou apenas aguardes quem saiba fazer esvoaçar dentro de ti inquietas borboletas e transforme todos os teus pontos de interrogação em pontos finais.

Imagem retirada da internet



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O nosso Natal talvez seja fácil

O calendário dá a volta e faz-nos regressar à  azáfama dos presentes, da cozinha a cheirar a canela e a fritos. O tempo corre veloz e dentro de nós cresce o nervoso irritadiço de quem ainda tem tanto para fazer. Talvez falte ainda o bolo rei, ou quem sabe se tenha esquecido o presente daquela prima em terceiro grau que telefonou a dizer que vai passar por nossa casa a desejar as boas festas sem estarmos a contar. Começa a falta de paciência e as promessas de que no próximo ano não vai ser assim. Vamos comprar os presentes logo em outubro ou novembro, não vamos passar horas na cozinha que isto tanta gulodice só nos faz mal...Promessas que vamos esquecer quando daqui a pouco nos sentarmos à mesa com quem amamos, quando virmos a alegria nos olhos de quem desembrulha algo que sabíamos que era muito desejado, quando nos deliciarmos com as iguarias que preparámos, ou nos prepararam, enquanto ao lado piscam as luzes da árvore de natal.Promessas que vamos esquecer já daqui a pouco, quando pararmos para pensar que talvez o nosso Natal seja muito fácil quando comparado com milhares de outros Natais...

A todos desejo  Paz. União. Ternura. Tranquilidade.Alegria. Desejo-vos braços abertos para receber abraços. E que sejam felizes neste Natal.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

E o bacalhau, Maria?

Primeiro tirei-lhe a roupa


De seguida, mostrei-lhe a minha determinação




E, sem piedade, desfi-lo em postas.


Habemus bacalhau de molho para a consoada!
Que felicidade!

domingo, 20 de dezembro de 2015

Recebi uma prenda

Um bacalhau. Crescido. Inteiro.
Há dois dias que sofro de insónias a pensar com que instrumentos transformo o dito em postas de modo a que possa ainda ser demolhado e servido na noite de consoada que, por sinal, se aproxima a passos largos.
Ao preço a que está o bacalhau estou deveras agradecida, mas tinha sido tão mais fácil uma caixa de Mon Chéri!

(Aceitam-se sugestões para escangalhar o bicho. Esqueçam serras elétricas e machados. Cá por casa não há!)

Quem disse que é preciso ser magra para estar linda?



Segue-se mais uma prova de que o estilo não tem absolutamente nada a ver com tamanho!
Mais uma prova de que não é por se estar acima do peso que não se pode estar no nosso melhor.
Basta investir. Em nós. E começar agora.





Fonte: http://musingsofacurvylady.com



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

E o peso? E a dieta?

Peso atual: 83kg (mais 200gr desde a última pesagem e depois de 2 convívios à volta da mesa).
Foco até final do mês de dezembro: manter o peso ou, pelo menos, evitar que ele vá além dos 84kg da pesagem inicial. 
Não vou fazer grande dieta e tenciono comer o que me apetecer nos convívios natalícios e de passagem de ano, Nunca fiz dieta nestas alturas e não vou fazer, a menos que tal me seja exigido por questões de saúde. No entanto, também não quero ir além do peso que já tinha para que em janeiro não custe ainda mais o recomeço, por isso nos restantes dias procuro fazer uma alimentação mais regrada.

É por continuar focada no meu desejo de perder peso que faço esta pausa. Não quero sentir que a alimentação é um castigo, uma provação pela qual tenho que passar durante uns tempos para depois poder comer tudo o que quiser outra vez. Já foi muitas vezes assim e,se resultasse, eu não estaria novamente com um peso exagerado para o meu 1,70m. 

A vida deve ser um equilíbrio entre o que nos dá prazer e os sacrifícios que temos que fazer para atingir os nossos objetivos. Eu acredito que é assim que funciona: nem sempre, nem nunca!

Fonte: boscoanthony.com

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Estar cansado é cansativo!

Ele é grelhas de avaliação, relatórios, sínteses descritivas individuais, estatísticas de resultados, balanços para atas, percentagem de sucesso dos apoios educativos, planos de acompanhamento, preparação de reuniões...

Se alguém me vier dizer nos próximos tempos que os professores têm uma bela vidinha e passam a vida de férias não respondo por mim!!







segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Xiiiiii, mulher tão buuuurra!!!

E no fim de semana o que eu aproveitei!
Fui ao concerto, descansei. Nem pensei em trabalho!
Que bom, não foi?

Foi!

Agora, depois de um dia que começou às 6.30 da manhã, espera-me um looooooongo serão a corrigir testes e escassas horas de sono!

Apoteose deste post: vide título.

tuamaeeaquela.tumblr.com


domingo, 13 de dezembro de 2015

A vida é comboio

Não sei se li algures, mas para mim é certo que a vida é um comboio. Ao longo do percurso, entram e saem pessoas. Algumas julgamos que nos acompanharão para sempre, mas em dado momento mudam a direção. Outras percebemos logo que sairão numa qualquer paragem. Todas nos ensinam, nos acrescentam. Mas bom mesmo é ter quem nos acompanhe até ao fim da viagem. Quero acreditar que um dia entra na minha carruagem esse passageiro.

Música no coração

Acabei de chegar de um concerto de Natal comemorativo dos 50 anos do clássico filme"Música no Coração". Fica uma versão mais atual de uma das músicas do filme. E o refrão. Para a vida.

Climb every mountain
Ford every stream
Follow every rainbow
'Til you find your dream!



sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

É oficial

Pantufas. Pijama.
Inaugurei o fim de semana!
A minha primeira paragem é o sofá. A segunda, o conforto da minha cama.

Ai, mulher, estás mesmo a ficar velha!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Fazer dieta em dezembro

É masoquismo!
(Conclusão profunda e nada óbvia a que cheguei depois de registar na agenda a data do terceiro jantar de Natal em que estarei presente na próxima semana!)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Gostava de saber escrever o Natal

 Com as palavras certas. As frases ideais.
Gostava de conseguir explicar por que é que assim que chegam as caixas de papelão do sótão, com os ramos amarrotados e os enfeites, qualquer um de nós os 3 sabe que tem que ir colocar na aparelhagem aquele e só aquele CD. Gostava de saber escolher os adjetivos que descrevem como é que de um ano para o outro eles os dois sabem de quem é a vez de colocar a estrela no topo do árvore de natal e fazem desse um momento solene. Gostava de arranjar comparações, perífrases e metáforas que tornassem mais interessantes os nossos enfeites, que se repetem ano após ano. A nossa árvore e a caruma de faz de conta que vai deixando pelo chão. O nosso presépio banal, onde Maria e José aguardam pela chegada do menino, que dentro de uma gaveta espera que seja a hora de ir para o seu lugar.Gostava de conhecer o vocabulário mais adequado para traduzir como fui aprendendo a contornar o vazio de ver sair os filhos numa tarde de 24 para irem passar a consoada com o pai. Gostava que parecesse poesia continuar a acreditar que esta época tem magia e termos sido capazes de criar um Natal único, por ser só nosso.
Só não encontro as palavras certas.  As frases ideais.







segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Motivação para a semana

Comeram demasiado no fim de semana? Não resistiram a um petisquinho?
Eu tive um sábado sem restrições ( ah, pois, tem que ser senão a pessoa não aguenta!).
Agora é hora de voltar a fazer tudo como deve ser.
Precisam de motivação?
Olhem, eu cá preciso!
 E esta é infalível! No meu caso, não há fome que resista !!

"Precisa de motivação para perder peso? Coma em frente ao espelho. SEM ROUPA!"(fonte: internet, autor não identificado)



domingo, 6 de dezembro de 2015

Estou com os nervos

É domingo, à tarde.  Quase segunda-feira.
E pontes?
Daquelas que fazem a travessia entre o domingo a uma terça-feira feriado.
Não há!
Pois!

Manter a chama acesa

No blogue Dona Redonda encontrei esta vela, vinda por sua vez deste blogue.
Há chamas que se acendem e nunca se podem deixar apagar.
Vamos manter esta vela acesa. Pela amizade, pela paz, pelo amor, pelos afetos que são e nos trazem luz!




sábado, 5 de dezembro de 2015

Uma pausa

Não me lembro de  há quantos anos não acordo com a sensação de que o dia é meu. Serena no pensamento de que não há obrigações a cumprir, de que o tempo pode ser apenas o que eu quiser.
Ainda não sei se é assim que abro os olhos, ou com eles fechados, que o pensamento me atropela com "preciso fazer isto, tenho que resolver aquilo". Como se não pudesse parar e houvesse urgência para tudo. Como se houvesse castigo por não me apetecer simplesmente não fazer e deixar a urgência de não sei o quê. Como se uma pausa viesse quebrar a engrenagem do meu mundo de "ter que", de "dever de".

Desliguei o engenho, fiz descansar a engrenagem.
Permiti-me "poder", "ter direito a".

Sábado bom.Para vocês, para mim.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Pouco a pouco

 82,8 kg.

Aos poucos se trilha um caminho. No início da caminhada a meta assume forma de quase impossível, de praticamente inalcançável. Cada etapa um mapa de planaltos e montanhas, escassos são os  caminhos retos e planos. Parar apetece. Mas. se parar, aqui e agora, jamais saberei o que me espera do lado de lá. Assim dou mais um passo.Hoje, só por hoje, não há lugar para desistências!







quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

E a dieta?

Estou um exemplo de bom comportamento!

Como de 3 em 3 horas, bebo água, abuso dos legumes como acompanhamento,evito os doces...


No entanto:






Resumamos as palavras bonitas ao essencial, retiremos a beleza à coisa: fazer dieta dá cá uma fome!



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Para que serve um mata moscas?


Tenho como regra com os meus alunos que, a cada 3 faltas de trabalho de casa, levam um recado na caderneta a informar o encarregado de educação desse incumprimento.

Hoje foi dia de mandar um recado  à mãe do A.
O A. tem 11 anos e é um aluno que, quando a coisa não lhe corre de feição, amua, faz birra e perde o controlo, respondendo com alguma insolência e agressividade. Sabe que erra, mas é mais forte do que ele e, mesmo fazendo um esforço para alterar esse comportamento, mais cedo ou mais tarde acaba por pisar o risco.

Hoje não foi exceção.

 Quando se apercebeu que ia levar um recado vi crescer nele uma raiva imensa. Pedi-lhe a caderneta e praticamente ma atirou fazendo-a cair no chão. Ordenei, então, com muita calma, que se levantasse do seu lugar, viesse apanhar a dita e entregar-ma em mão. Assim fez, pedindo desculpa ao mesmo tempo que começava a chorar compulsivamente.

Não lhe dei muito crédito e, depois de distribuir trabalho pela turma, comecei a escrever a informação na caderneta do A.

Entretanto parei.
Olhei para ele e observei-o por alguns instantes perdido naquele choro baixinho.
 Recordei as palavras da mãe, dirigidas à Diretora de Turma: "Ai, professora, já não sei o que lhe hei de fazer. Agora bato-lhe com  o mata moscas que já não aguentava as dores nas mãos de tantas que lhe dava".

...

O meu recado ficou assim:

"Informo que o A. já regista 3 faltas de trabalho de casa.
Acrescento que se tem notado um esforço significativo por parte do seu educando para melhorar as suas atitudes, o que é muito positivo.

Cumprimentos."

Deixei a caderneta aberta em frente ao A., que entretanto deitara a cabeça sobre os braços cruzados e apoiados na sua mesa para esconder, mais do que as lágrimas, talvez o seu medo.

Espreitou o recado. Não falámos mais sobre o assunto.

 O A. foi hoje, no resto da aula, o meu aluno mais interessado e participativo.

Para que serve um mata moscas?
Para matar.
 Moscas. Só moscas.